O Irã disparou centenas de mísseis balísticos contra Israel, divulgou a mídia oficial iraniana nesta sexta-feira (13), já madrugada de sábado no Oriente Médio. “Dezenas de alvos, centros militares e bases aéreas” foram atacados, segundo comunicado oficial do país persa. Teerã afirmou que está realizando sua "resposta esmagadora" aos ataques israelenses ao país na manhã de sexta-feira.

Em Jerusalém, sirenes soaram e, pouco depois, explosões foram ouvidas. Em seguida, o Exército suspendeu a ordem de permanência nos abrigos, mas pediu que a população não se afastasse desses espaços protegidos.

Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas nos ataques do Irã contra Israel, de acordo com o serviço de emergência israelense, Magen David Adom (MDA). Mas o número pode ser maior. A CNN norte-americana informou que, somando as informações adas por três hospitais, seriam 40 feridos.

Um vídeo de Tel Aviv mostrou foguetes atingindo o Domo de Ferro de Israel e fumaça subindo em meio aos arranha-céus. Explosões foram ouvidas em Jerusalém e Tel Aviv, segundo repórteres de agências internacionais. 

A polícia israelense pediu à população que evite se aproximar de locais onde mísseis balísticos iranianos caíram. “Unidades reforçadas e altamente treinadas da polícia israelense, incluindo equipes táticas, esquadrões de resposta a emergências e voluntários, estão totalmente mobilizadas em todo o país. Essas equipes chegarão rapidamente a qualquer cena, protegerão a área e permitirão que especialistas em desarmamento de bombas neutralizem ameaças enquanto conduzem operações de resgate conforme necessário”, diz um comunicado.

Horas depois os ataques, Israel permitiu que as pessoas saíssem dos bunkers. O Exército israelense afirmou que o Irã disparou menos de 100 mísseis na noite de sexta-feira e fez "alguns acertos".

Veja vídeo:

 

Em um discurso televisionado, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse que as forças armadas de seu país "responderão poderosamente" aos ataques anteriores de Israel ao Irã "e trarão ruína ao desprezível regime sionista". O novo chefe da Guarda Revolucionária prometeu abrir as "portas do interno", em represália a Israel. 

O chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, descartou os apelos por moderação em relação a Israel, que bombardeou o território iraniano. Teerã "rejeita os apelos por moderação dirigidos ao Irã após a agressão israelense", declarou o chanceler ao seu contraparte britânico, David Lammy, segundo comunicado divulgado pela diplomacia iraniana.

Em resposta, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, disse que o Irã "cruzou as linhas vermelhas" ao disparar mísseis contra civis.

Em vídeo dirigido aos israelenses, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu aos civis que "se levantassem e fizessem suas vozes serem ouvidas", dizendo que a luta de Israel não é contra eles, mas contra o governo iraniano. "Mais está a caminho. O regime não sabe o que o atingiu, ou o que o atingirá. Nunca esteve tão fraco". Para Netanyahu, Israel lançou no Irã "uma das maiores operações militares da história". 

Vale lembrar que, no ano ado, o Irã lançou 200 mísseis no segundo ataque direto ao Estado judeu na história de 46 anos de rivalidade entre os países, focando bases aéreas. 

(Com AFP e Folhapress)